Hay, sí, pero no son brujas.
ALEXANDRE MONTAGNA
A Teoria de Cordas (ou supercordas) unifica a descricão das interacões fundamentais. Em particular, acredita-se que ela representa um caminho para a descrição quântica da interacão gravitacional, possibilitando uma conciliação entre a Mecânica Quântica e a Relatividade Geral. Na teoria de cordas as partículas elementares correspondem a diferentes formas de vibracão de cordas que se propagam no espaço. A interação entre partículas corresponde à interação entre cordas. http://omnis.if.ufrj.br/~braga/cordas
A magestosa vibra por década, sem estribo à destituição.
Falseá-la não é tarefa simples, mas a chancela exige as costumeiras provas.
No afã de encontrar a Resposta pela construção de uma teoria unificada da Física, muitos cavaleiros dessa demanda laico-sagrada ultrapassaram as fronteiras da ciência e (re) ingressaram na fecunda criatividade do mito, da literatura e do misticismo religioso, como é o caso de Hoyle, de Capra, de Bohm, de Hawking e de muitos outros.
VOGT, C., www.comciencia.br - 10/04/2001
Sobre isto, Newton foi bastante claro: tudo que não é deduzido dos fenômenos deve ser chamado de hipótese; e as hipóteses, sejam as metafísicas ou físicas, digam respeito às qualidades ocultas ou às mecânicas, não têm lugar na filosofia experimental.
THUILLER, P.::69
Eis o carma latente, velho provincianismo daquele pessoal fixado em solo pedregoso e estéril, vagando por praias e costas de um disputado mediterrâneo tal qual rãs e formigas ao redor de pântano: "A história das descobertas científicas e técnicas revela-nos quanto o espírito humano carece de idéias originais e de imaginação criadora." ( EINSTEIN, A. Como Vejo o Mundo: 198)
Em oposição direta à crença explícita nos feiticeiros e sua magia, está o ceticismo daqueles indivíduos que, tendo adotado o espírito da moderna racionalidade científica, recusam toda interpretação mágica da desgraça ou da felicidade. Desse ponto de vista, a crença na magia é desvalorizada como credulidade ou crendice, julgada debochadamente como ingenuidade, ignorância, atraso mental. Falta de instrução ou, no mínimo, falta de critério.
PIERUCCI, A. F.
“Não pode haver significado nas declarações referentes a uma suposta teoria atômica, já que não temos meios de verificar diretamente a existência de átomos e moléculas.” (OSWALD, W., cit. COVENEY, P. & HIGHFIELD, R.,: 57.)
Como uma criança que recebe o presente de Natal tão sonhado, mas não consegue fazê-lo funcionar porque não leu todo o manual de instruções, assim também os físicos de hoje têm nas mãos algo que pode ser o Santo Graal da ciência moderna, mas não conseguem utilizar plenamente seu poder de previsão porque ainda não acabaram de escrever o manual de instruções.
GREENE, B., 235
Enredamo-nos na restrição espartana:
A ciência procura leis não somente independentes mas determinantes da vontade humana. Ela insiste em regularidades, estrutura, sistema, invariantes e, para tanto, procura delimitar e recortar claramente os objetos de estudo. Cultural e socialmente revestida de positividades, bondade e poder, ela menospreza a filosofia, percebida como figura diminuída que precisa ser 'abolida' ou 'desvalorizada'.
LACOSTE, J., A Filosofia do Século XX: 49.
A viciosidade peculiar do racionalismo é que ele destrói o próprio conhecimento que possivelmente viria salvá-lo de si próprio, ou seja, o conhecimento concreto ou tradicional. O racionalismo serve apenas para aprofundar a inexperiência a partir do qual ele foi originalmente gerado.
FRANCO, P., cit. GIDDENS, A.: 39.
Propugna-se por números. Missão impossível...
A proposta da teoria é que cordas são ingredientes ultramicroscópicos que formam as partículas que, por sua vez, compõem os átomos. As cordas da teoria das cordas são tão pequenas — elas têm em média o comprimento da distância de Planck — que parecem ser pontos, mesmo quando observadas com os nossos melhores instrumentos. Esta teoria propõe que toda a matéria e todas as forças provém de um único componente básico: cordas oscilantes.
www.guia.heu.nom.br/teoria_das_cordas.htm
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A impossibilidade de se medir, ao mesmo tempo, a posição e a velocidade dos componentes do mundo quântico trouxe enormes limitações para o entendimento humano, uma vez que tudo na Natureza é composto por essas micropartículas.
BIEHL, L.V.:21
... E bobagem.
Por mais que tenham sido ditas com orgulho, as palavras de Newton repousam num completo equívoco sobre a capacidade da mente humana para lidar com a natureza externa. WHITEHEAD, Alfred North, Matemática, cit. FADIMAN: 333.
Camus acertou ao escolher a vida como questão essencial, mas avaliar a vida pela experiência do dia-a-dia é como ver um quadro de Van Gogh através de uma garrafa. GREENE, B., O tecido do Cosmos. Int.
Eles perseguem o concreto, o objeto, artefato curiosamente em relação direta com a imaginação, ou talvez, com sua falta.
A tendência natural das ideologias racionalistas é, desde esse momento, crer que o mundo é previsível, 'em princípio', em todos os seus aspectos , e elas são hostis à idéia de 'criatividade' (no sentido bergsoniano). O determinismo é aliado natural do racionalismo.
KOLAKOWSKI: 50
O objeto, crueldade, é apenas miragem. Por surrealista que seja, o atrelado ao concreto é apenas superstição, no máximo um instantâneo, foto de objeto já modificado.
Numa fantástica especulação, somos surpreendidos por Greene com o conceito do universo holográfico. As três dimensões de nossa vida seriam projeções holográficas, as leis da física, o laser do universo e nós seríamos imagens holográficas . Nessa visão, 'O Mito da Caverna' ( Platão), que tematiza as percepções comuns como sombras da realidade, poderia ser invertido, e as sombras se tornariam reais, e nós e o mundo ao nosso redor seríamos projeções delas.
http://pt.shvoong.com/exact-sciences/astronomy/1820411-tecido-cosmo/
O essencial é invisível aos olhos:
O pedaço de matéria nada mais é senão uma série de eventos que obedece a certas leis. A concepção de matéria surgiu em uma época em que os filósofos não tinham dúvidas sobre a validade da concepção 'substância'. A matéria era a substância no espaço e no tempo; a mente, a substância que estava só no tempo. A noção de substância tornou-se mais vaga na metafísica no decorrer dos anos, porém sobreviveu na física porque era inóqua - até a relatividade ser inventada. Um pedaço de matéria, que tomávamos como uma entidade persistente única, é na verdade uma cadeia de entidades, como os objetos aparentemente contínuos em um filme. E não há razão pela qual não possamos dizer o mesmo quanto à mente: o ego persistente parece tão fictício quanto o átomo permanente. Ambos são apenas uma cadeia de eventos que têm certas relações interessantes uns com os outros. A física moderna nos permite dar corpo à sugestão de Mach e de James de que a 'essência' do mundo mental e do mundo físico é a mesma.
RUSSELL, B., Ensaios céticos: 74
Não por acaso se registraram as advertências:
O espaço do interdisciplinar, quer dizer, seu verdadeiro horizonte epistemológico, não pode ser outro senão o campo unitário do conhecimento. Jamais esse espaço poderá ser constituído pela simples adição de todas as especialidades nem tampouco por uma síntese de ordem filosófica dos saberes especializados.
JAPIASSÚ, H., 1976: 74A
"A ciência, por outras palavras, é um sistema de relações. Portanto, só nas relações se deve procurar a objectividade: seria inútil procurá-las nos seres considerados isoladamente uns dos outros." (POINCARÉ, J.H., cit. ABBAGNANO: 100)
O espírito científico é essencialmente uma retificação do saber, um alargamento dos quadros do conhecimento. Julga o seu passado condenando-o. A sua estrutura é a consciência dos seus erros históricos. Cientificamente, pensa-se o verdadeiro como rectificação histórica de um longo erro, pensa-se a experiência como retificação da ilusão comum e primeira.
BACHELARD, 1996a: 120
Sem maestro, e ainda meio desafinada, teria esta fabulosa orquestra o poder de pautar a coreografia da evolução?
Com certeza. De que outro modo haveria o baile?__
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Obrigado,ALLmirante! Aprenderei de ti, muito.
ResponderExcluirRadi