quinta-feira, 24 de maio de 2012

Introdução aos dois milagres econõmicos

Qual é a origem da sociedade? Está no velho Platão, antes do Aristóteles.  Professor de Economia, não de Filosofia, tampouco de Sociologia, Direito ou História,  Dr. ANTÔNIO DELFIM NETTO, ex-ministro da Fazenda, do Planejamento e até da Agricultura do Regime Militar, responsável direto pelo AI5, e atual consultor primaz dos contadores que impõem a política econômica do novo milagre econômico do Brasil, em entrevista para Agência Estado. - www.avozdavitoria.blogspot.com -  31/12/2008
Não, senhor diletante. A origem da sociedade remonta a  Péricles, Sócrates e Platão apenas escancararam as portas da Acrópole, ao gáudio dos Trinta Tiranos de Atenas.
O conceito de justiça é o primeiro conceito democrático mistificado por Platão. A justiça surgiria como uma propriedade do Estado. Seu totalitarismo é disfarçado sob a capa de 'verdadeira justiça', e se legitima teoricamente mediante a subversão doutrinária do humanitarismo em três frentes: defendendo o privilégio natural, postulando o coletivismo, advogando a tese de que o indivíduo existe para o Estado. O Estadista, cit. POPPER, K. Sociedade Democrática e Seus Inimigos, Tomo I: 84.
Um pioneiro da Física Quântica lhe consideraria mero lunático: 
Percorri laboriosamente o texto, embora ele me parecesse um absurdo. Como quer que fosse, todas essas idéias me pareceram uma especulação desvairada, talvez perdoável por faltar aos gregos o necessário conhecimento empírico. Não obstante, entristeceu-me ver um filósofo da agudeza crítica de Platão sucumbir a tais fantasias. HEISENBERG, WS., 1996: 1
A condescendência de Heisenberg lhe impediu de ver o ilusionista-mor como o criador das fantasias. Urge àquela Exa. também tomar conhecimento de Aristóteles, a quem desdenha:: 
É impossível para uma pedra, que tem um movimento natural para baixo, conseguir reverter esse movimento, passando a se movimentar para cima, mesmo se alguém tentar 10 mil vezes inculcar esse hábito nela; nem fazer o fogo se movimentar para baixo, ou se mudar a direção de qualquer ente, atribuído pela natureza. (Ética a Nicômaco)
Santo do pau-oco
Não poucas publicações atestam esses corriqueiros equívocos de base. Outras são colocadas de modo dúbio, mas com ares de dogma a eliminar  de plano divegências, no fito de tecer o campo no qual o emissor pretende se servir,  Com o ilustre Prof. parece não haver distinção. "Na passagem do regime autoritário para a democracia era aquilo que eu disse, o que existia era ruim, então, multiplica por menos um que fica bom." (NETTO, Delfim, www.zedirceu.com.br)
Nessa e em outras questões, o papel da maioria dos economistas tem sido o de propagar servilmente o ideário dominante. Mutatis Mutandis, aplica-se a eles o que dizia Schopenhauer dos filósofos do seu tempo: submetidos a regra do primum vivere, estão sempre dispostos, e com o mais solene desprezo por realidades inconvenientes, a deduzir a priori absolutamente tudo o que lhes for pedido, o bom Deus, o diabo ou o que seja. ROSZAC,  T., A contracultura: 62
Os intrumentos do czar são contrabandos dos anos '30, "É incrível o que Keynes pensou. Ele foi muito mais do que um economista. O que ele escreveu é muito mais relevante para a Economia do que tudo que fizeram depois" Antônio Delfim Netto 
Desde a publicação, em 1936, da primeira edição da Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda, de John Maynard Keynes, a quase totalidade dos economistas passou a acreditar nas chamadas políticas de ‘sintonia fina’, isto é, em uma pretensa capacidade dos governos de, mediante intervenções na ordem espontânea de mercado, evitar flutuações ‘indesejáveis’ no emprego dos fatores de produção e, assim, impedir as oscilações na produção. SKIDELSKI: 5
Projeção da receita não se confirma
"A possibilidade de dinheiro produzir dinheiro numa escala nunca antes imaginada, e sem qualquer relação com indústria, comércio ou qualquer outro tipo de negócio concreto, equivale ao advento do abstracionismo na arte." (LANCHESTER)
O que agora excita... é o efeito, considerado desastroso, das políticas keynesianas adotadas pelos Estados econômica e politicamente mais avançados, especialmente sob o impulso dos partidos social-democráticos ou trabalhistas. Nestes últimos anos lemos não sei quantas páginas sempre mais polêmicas e sempre mais documentadas sobre a crise deste Estado capitalista mascarado que é o Estado do bem-estar, sobre a hipócrita integração que levou o movimento operário à grande máquina do Estado das multinacionais. Agora estamos tendo outras tantas páginas não menos doutas e documentadas sobre a crise deste Estado socialista igualmente mascarado que, com o pretexto de realizar a justiça social (que Hayek declarou não saber exatamente o que seja), está destruindo a liberdade individual e reduzindo o indivíduo a um infante guiado do berço à tumba pela mão de um tutor tão solícito quanto sufocante BOBBIO, Norberto, O Futuro da Democracia: 132
Como não se pode apurar nenhum resultado diverso fazendo a mesma coisa, é trivial concluir que o decantado Brasil Emergente tem o destino do fiasco experimentado pelo Milagre Brasileiro 
Basta uma sacudida na economia para que o último degrau da escada social despenque no abismo de miséria de onde saiu, tornando inevitavelmente maior a sua propensão ao crime. Pesquisa recente do Centro de Pesquisa Social da FGV mostra que São Paulo é a região do País onde mais se produziu miséria - 5,9%. SIMANTOB, Fábio Tofic, Estatísticas do crime e discurso do medo 12/2/2010 
"A possibilidade de dinheiro produzir dinheiro numa escala nunca antes imaginada, e sem qualquer relação com indústria, comércio ou qualquer outro tipo de negócio concreto, equivale ao advento do abstracionismo na arte." (LANCHESTER)
O enfraquecimento do real não é uma anomalia de curto prazo, mas uma mudança estrutural que reflete a exaustão do modelo de crescimento baseado principalmente na expansão do consumo, disse Luis Stuhlberger, cofundador e diretor de investimentos de uma das maiores firmas de administração de ativos do Brasil, a Credit Suisse Hedging-Griffo. 'De 2004 a 2012, cada vez que o real se enfraquecia, isso era visto como uma mudança cíclica e não estrutural, então o que todo mundo dizia é 'tudo que cai volta a subir', disse Stuhlberger à agência Dow Jones. 'Mas agora é estrutural. O modelo está quebrado.' Queda do real reflete erros do Brasil
Morte ao mau governo

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