terça-feira, 15 de maio de 2012

O fim do oba-oba macroeconômico

Para a teoria de leis psicológicas que trazem consumo e poupança em relação uns com os outros, a influência dos gastos de empréstimos sobre os preços e os salários reais, o papel desempenhado pela taxa de juros - todas essas idéias básicas também permanecem sob condições tais peças necessárias de nosso plano de pensamento. KEYNES, John Maynard, Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moedaprefácio à edição nazista, 1936.  
 
É incrível o que Keynes pensou. Ele foi muito mais do que um economista. O que ele escreveu é muito mais relevante para a Economia do que tudo que fizeram depois (Antônio Delfim Netto
Lula é o maior economista do Brasil. O Lula é o único economista que presta no Brasil porque é o único que está falando a verdade.” (Economista Prof. DELFIM NETTO, responsável direto pelo Ato Institucional N. 5, e ministro de vários ditadores que se sucederam, em primorosa. entrevista para Ag. Estado - www.avozdavitoria.blogspot.com - 31/12/2008
O Real cai na real. A moeda que mais se valorizava no mundo acusa perda de 10% em apenas mês.  Ao sabor delfineano, o meio-de-pagamento, que pela especulação bancária desenfreada virou objeto de negócio, ora assume contorno de midi-desvalorização
Meu caro Sr. Smith, tem paciência; tranquiliza-te; mostra-te na prática tão filósofo como és na profissão; pensa na vacuidade, aridez e futilidade dos juízos comuns dos homens: como são poucos governados pela razão, notadamente nas questões filosóficas, que tanto excedem a compreensão do vulgo. Custamos a entender, ainda mais se confinados nas remotas épocas. 
VOLTAIRE, cit. STEWART, Stewart, D., in SMITH, Adam, Teoria dos Sentimentos Morais: XLVI.

A fixação da ficção
O fascismo caracteriza-se pela tomada de poder por gangsters, o que Marx chama de lumpen, gente não pertencente a nenhuma classe organizada da sociedade. Tomada de poder em nome do povo e da comunidade sem a limitação de nenhum controle racional. LIPSET, Seymor Martin, O homem político: 182
Keynes costumava aliviar os riscos de suas artimanhas macroeconômicas lembrando aos executores que quando elas se desmanchassem todos estariam mortos. Os governantes da década 30 se convenceram da lógica. O que se viu foi o Estado se agigantando e aplaudido por isso. Canteiros de obra alhures garantiam pleno emprego.
Qualquer gasto é preferível a nenhum gasto. Abra buracos e os tape de novo. Ou pinte a Floresta Negra. Se não puder pagar aos indivíduos um salário para que façam alguma coisa de útil, pague-lhes para que façam algo de idiota. Gastando-se assim a poupança, elevam-se os salários, o que aumenta o consumo que, por sua vez, aumenta a produção de bens e serviços. KEYNES,  J. M., cit. MISES,  Ludwig von, As Seis Lições: 52.
Os trabalhadores eram assim aquinhoados. Os salários deveriam ser pagos até sem contrapartida,  dispensados de dar lastro ao dinheiro emitido em sua homenagem - férias, indenizações, auxílios de toda a ordem, e vários penduricalhos. Ai do empresário que tentasse enganá-los - a monumental estrutura, um colossal exército haveria de defender o mais fraco da relação, como se tudo se resumisse em dialética, de direito social, e não de conveniência recíproca, individual.
O Estado rooseveltiano ou a república da França apresentava, na época histórica do fascismo, características do Estado intervencionista (função econômica do Estado e fortalecimento do Executivo, por exemplo) que marcavam igualmente os fascismos alemão e italiano, sem que isto tenha significado o Estado de exceção. POULANTZAS, N.: 240
Com tanta antecipação, inflações galopantes, os governos dos '30 se viram na contingência de aumentar impostos, e taxas, assim debilitando ainda mais não somente as empresas, mas os próprios trabalhadores, esses que encontravam proteção frente aos malvados patrões que lhes sustentavam, mas não a quem tinham que sustentar por dever de lei, o bondoso terceiro que lhes dava "guarida" em troca de boa parte do salário que recebiam dos malvados. Como jamais alguém se deu conta da chicana, os trabalhadores assim duplamente espoliados ainda exigem mais "direitos sociais", ao gáudio dos pilantras que lhes conduzem:
Foi o próprio Estado que criou a necessidade política do estado de bem-estar. Quanto mais bem-estar é criado por tributação (em parte rebatizada como contribuições de seguridade social), mais se enfraquece o financiamento privado. Quanto mais o bem-estar privado foi inibido, tanto mais bem-estar público foi necessário criar. ARTHUR SELDON
"Trabalhador solteiro, em situação regular, com carteira assinada, com R$ 2 mil mensais de salário, entre os descontos a que é submetido e os custos impostos ao empregador, resultará em R$ 837 que passam para os cofres públicos." (BROSSARD, P.,Peleguismo eleitoral 8/6/2010) Isto diretamente, na fonte pagadora. Dos mil e poucos restantes, a cada compra o trabalhador ainda se vê subtraído com outra série de impostos "O brasileiro, mesmo das grandes cidades, não sabe, nem remotamente, quanto pagamos de impostos. Não sabe mesmo quanto é descontado no contracheque. Nem muito menos, claro, o que sai embutido no preço dos produtos." (DIMENSTEIN, Gilberto, Somos uma nação de idiotas? - Folha, 23/8/2010)
Os impostos no Brasil - com uma gigantesca carga tributária indireta, embutida nos preços de toda a cadeia produtiva, o que gera impostos em cascata - são ainda maiores que aqueles que Obama planeja implementar. O intervencionismo estatal no país é verdadeiramente horrendo. ROCWELL, Lew, As ideias são mais poderosas que exércitos.
As rendas auferidas com ou sem trabalho são desse modo drenadas diretamente à garganta do Leviathan, diluindo-se em negociatas de toda a espécie.
Mas o dinheiro vai em grande parte não para os pobres, que ficam com as migalhas, mas para aqueles grupos de interesse poderosos o suficiente para subornar e fazer lobby a favor da redistribuição. O dinheiro real vai é para os 'pobristas"'- os reais defensores da pobreza -, para os consultores, para as empreiteiras que constroem as moradias populares, para os funcionários de hospitais públicos, e principalmente para os próprios membros da burocracia que coordena todo o esquema. Os pobres são maldosa e intencionalmente transformados em uma subclasse perpétua, dependente do governo, para que alguns parasitas possam viver confortavelmente bem à custa de todo o resto da sociedade. Graças ao estado assistencialista, praticamente não há mais uma genuína mobilidade social. Os degraus mais baixos da escada foram retirados em nome da compaixão. ROCKWELL, Lew, Por que o estado cresce? (E o que podemos fazer quanto a isso)
E pela causa do adorável guardião, lá se vai o seu patrão - portanto, seu sustento "Parece ser também muito conveniente que a Justiça do Trabalho seja responsável por grande parte da mortandade – que é enorme no Brasil – das micros e pequenas empresas.". (Brasil Maior ou Brasil Menor ?)
No decorrer da década as artimanhas ficaram evidentes, embora não claramente denunciadas. Keynes, pela última vez, tinha razão.  Roosevelt, Mussolini, Hitler, Getúlio Vargas e ele próprio anteciparam suas viagens ao além, e assim foram safados da condenação pela política do pasto-verde.  O Eixo foi desmontado, o Eua cobriu o cheque-sem-fundo com os despojos japoneses, alemães e até franceses, mas o desavisado Brasil, num primeiro instante socorrido pela potência, acreditou, como sempre, que com jeitinho poderia acomodar a série infindável de falcatruas proporcionadas pela manipulação monetária. O Brasil patrocinou a Copa-do-Mundo, o Retrato do Velho retornou à parede, e a década dos '30 em prêt-à-porter aos '50 findou com a fantástica empreitada do rico filho mineiro no Planalto Central.
O Estado comprovou ser um gastador insaciável, um desperdiçador incomparável. Na verdade, no século XX, ele revelou-se o mais assassino de todos os tempos. O político de massas oferecia o New Deal, grandes sociedades, e estados de bem-estar social; os fanáticos atravessaram décadas e décadas e hemisférios; charlatães, carismáticos, exaltados, assassinos de massas, unidos pela crença de que a política era a cura dos males. JOHNSON, P,  616.
Como água de chuva não sobe ladeira, não poucos engenheiros econômicos foram convocados às constantes emergências. "O capitalismo precisa ser sempre reinventado. Onde está dando mais certo? Nos países que adotaram o capitalismo de Estado." (Ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, para IstoÉ - Dinheiro.) Com todo o respeito pessoal, jamais ouvi tão formidável tolice. Se o diletante entende que o capitalismo necessita ser reinventado, por qual razão insiste em copiar de outros países, ainda mais o  "capitalismo de estado", logo este, da mais nefasta experiência já sofrida pela civilização? "Keynes, longe de ser o salvador do capitalismo, almejava substituir a livre iniciativa por uma economia controlada pelo estado - sendo que o estado seria gerido por 'especialistas' como ele." (LEWIS, Hunter, cit.
O homem só muito lentamente descobre como o mundo é infinitamente complicado. Primeiramente ele o imagina totalmente simples, tão superficial quanto ele próprio. NIETZSCHE, F., O livro do filósofo: 41 
Que tal S.Exa., num feriado qualquer, abrir algum livro de moderna economia,pelo menos? Se não simpatiza com o neoliberalismo, porquanto significa se despir do poder, ofertando-lhe ao cidadão, muito pior para todos, inclusive ao próprio governo, é manter a infrutífera metafísica de  chão-de-fábrica: "As políticas mundiais de crescimento induzido pelo Estado tiveram exatamente o efeito oposto do que pretendiam: tinham aumentado, e não reduzido, o custo da produção de bens e serviços e tinham abaixado, e não aumentado, a capacidade das economias de conseguirem uma produção vendável." (SKIDELSKI,: 140)
Ainda não foram removidos, quase duas décadas depois, todos os entulhos inflacionários que impregnaram a economia a partir de fins dos anos 50 até o Plano Real. Nem por isso a inflação voltou ao que era. Insistindo nas analogias, o mesmo se poderia dizer das ações para levar os juros a níveis civilizados. Síndrome de abstinência, Estadão, 15/5/2012.
Nos anos 80 Thatcher e Reagan ofereceram a nova ordem. O Brasil  logrou apenas ensaiá-la. A mesma equipe que adotara a rigidez e austeridade monetária e fiscal do Plano Real, também via, exatamente por isso, a oportunidade de novamente golpear a Nação, desta feita em apenas uma tacada.  Em nome de preservar o sistema financeiro da ordodoxia implantada, vários banqueiros patrocinadores de campanha foram autorizados a "exportar" as contas de seus correntistas para os paraísos fiscais, onde, naturalmente, trocaram a rubrica.  As notas de cem reais por uma década ficaram trancafiadas naqueles cofres, em troca das verdinhas, as quais aqui aportaram para participarem da festa das privatizações. O governo ficou com seus cofres abarrotados de dólares. Seus guardiões saiam levando o dinheiro estrangeiro pelas cuecas, e malas, e bolsas, e tudo o mais, Enquanto isso, a produção, e os trabalhadores, que não conhecem este meio, ficaram por todo este tempo a ver navios.
O momento mais dramático do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso ocorreu no dia 13 de janeiro de 1999... O então presidente do Banco Central, o economista Francisco Lopes, vendia informações privilegiadas sobre juros e câmbio – e uma parte de sua remuneração saía da conta número 000 018, agência 021, do Bank of New York. A conta pertencia a uma empresa do Banco Pactual, a Pactual Overseas Bank and Trust Limited, com sede no paraíso fiscal das Bahamas.(Veja, 23/5/2001)
Real cai na real
Segundo o tradicional 'índice Big Mac', publicado periodicamente pela revista britânica The Economist, no mes passado o real era a quarta moeda mais cara do mundo. A sobrevalorização de 35% em relação ao dólar vem lhe garantindo um aspecto de ser mais sólido do que a cambaleante moeda norteamericana. A sobrevalorização ficava atrás somente do franco suíço (62% em relação ao dólar), da coroa norueguesa (também 62% sobrevalorizada) e da coroa sueca (41%). O real tomou maior valor, todavia, devido à sua escassez, não pelo desenvolvimento que deveria gerar. A hipertrofia acontece também pela apropriação indébita por parte do governo federal de 30% de todos os depósitos bancários, cifra que desde 1995 causa o estrangulamento progressivo do parque produtivo.
Somam-se às anomalias impeditivas se aviltaram as taxas de juros.  A "política monetária" atendia dupla razão: compensar os bancos frente a retirada compulsória que o BC realiza; e, claro, para evitar que a Nação queira o que não há, "Na verdade, os interesses dos banqueiros têm sido contrários aos dos industriais: a deflação que convém aos banqueiros paralisou a indústria britânica." (RUSSELL, Bertrand) O aumento constante de impostos, taxas sociais e obrigações trabalhistas, os custos burocráticos municipais, estaduais e federais completam o quadro depressivo nacional. Segurando a alta de preços por falta de circulação monetária, e mantendo seus cofres abarrotados, supunha que o lastro do Real pudesse ser formado  pelo estoque de moeda norteamericana, denominado, erroneamente, Fundo Soberano. No consumo exacerbado, não nos investimentos frustrados, o governo estimulou ao máximo a emergência da tal classe "c". Dois maiores motivos lhe davam Keynes: o crescimento da demanda de produtos aceleraria a produção industrial; e, pela maciça publicidade, seria coberto de glórias.
O Fundo Soberano não passa de bunda de vedette: todo mundo passa a mão.  Devendo US$ 1,4 bi à Petrobras, Chávez leva US$ 637 mi do BNDES The Economist ironiza a "política"  brasileira com a vizinhança, calcada numa "harmonia ilusória" da região. "'A promessa de Lula de ser generoso com os vizinhos menores não é recíproca"' dizia a revista, em flagrante deboche, lembrando a inércia do Brasil diante do esbulho causado pela Bolívia à Petrobrás, do calote do micro Equador, e do affaire com novo Tratado de Itaipu, Justamente a Petrobrás, a maior empresa brasileira, também hoje apresenta seus fundilhos:Cancelamento de contratos por parte da Petrobras coloca mais polêmica sobre a nebulosa venda da Delta Com um gerenciamento assim tão perdulário, admira-me a gigante ainda estar de pé.  Mas claudica:Rentabilidade da Petrobras cai a 9,7%, a menor registrada desde 1999
Lula foi também o mentor do perdão de dívidas de outros países com o Brasil, ignorando carências internas gritantes. São cenas cotidianas o nosso sistema viário abandonado, hospitais inoperantes, escolas desamparadas, prisões comandadas por prisioneiros, barracos de papelão servindo de moradia a trabalhadores que pagam os impostos que vão financiar metrôs e armamentos na Venezuela, hotéis em Cuba, casas de alvenaria na Bolívia e empregos no Paraguai, no Equador, em Moçambique, na Nigéria, em Cabo Verde, na Nicarágua e no Gabão. O total das dívidas perdoadas desses países foi de R$ 1,62 bilhão, quantia suficiente para atender ao reajuste dos aposentados, que o governo afirma não ter recursos para honrar. Está também doando como ajuda à Grécia mais de R$ 567 milhões, além de emprestar R$ 17 bilhões ao FMI sem haver sido convidado a fazê-lo. DANON, J, Ave Lula. Estadão, 11/6/2010
Brasil doa US$ 7,5 milhões a refugiados palestinos Medida é tentativa brasileira de se firmar como ator internacional relevante Veja, 15/5/2012
Estádios da Copa estão com as obras atrasadas e cumprir o cronograma exigirá derrame de dinheiro público
Professores das Instituições Federais decidem entrar em greve a partir de quinta-feira 17/05/2012
Pelo menos 1,4 mil prefeitos devem deixar dívidas para seus sucessores 
Os responsáveis pelas cidades não confiam mais em deputados, senadores, governadores. Vão direto. No fito de acalmá-los,  vejo a Presidente prometer, de modo até meio áspero, uma retroescavadeira para cada um dos 3.500 municípios brasileiros com menos de cincoenta mil habitantes. Para calarem a boca. Pronto. Pois não calaram. Talvez aí resida a salvação política do Brasil. Por morar na cidade, não em aviões ou helicópteros, e assim conhecer pessoalmente o eleitor, sabe e respeita suas agruras, seu sacrifício. Alguns até aplaudiram, mas a vaia, pela vez primeira, tomou conta do salão. A pergunta que se impõe é a seguinte: se todos os municiípios e os estados devem à União, porque ela não abate, simplesmente, o valor que tão ferrenhamente cobra, deixando aos próprios municípios elegerem suas prioridades, todas diversas, claro? Diante dos fatos em cachoeira, a resposta à pretensão se torna evidente antes de nascer: o que move todas as iniciativas e repasses federais são apenas propinas e mais propinas.
A classe "C" ora corre o risco de cruzar a série D, com destino a E:
Basta uma sacudida na economia para que o último degrau da escada social despenque no abismo de miséria de onde saiu, tornando inevitavelmente maior a sua propensão ao crime. Pesquisa recente do Centro de Pesquisa Social da FGV mostra que São Paulo é a região do País onde mais se produziu miséria - 5,9%. SIMANTOB, Fábio Tofic, Estatísticas do crime e discurso do medo 12/2/2010
Nunca o brasileiro deveu tanto. Entre cartões de crédito, cheque especial, financiamento bancário, crédito consignado, empréstimos para compra de veículos, imóveis - incluindo os recursos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) -, a dívida das famílias atingiu no fim do ano passado R$ 555 bilhões. O valor é quase 40% da renda anual da população, que engloba a massa nacional de rendimentos do trabalho e os benefícios pagos pela Previdência Social. Estadão, 15/2/2010. 
"O valor médio das dívidas com cheques sem fundo cresceu 29,1% nos primeiros nove meses do ano, frente o mesmo período de 2009, atingindo R$ 1.244,34. Os títulos protestados e cartões de crédito e financeiras também apresentaram crescimento de 6,9% e 4,9%, respectivamente. (Folha, 15-10-2010) O volume de cheques sem fundos no primeiro bimestre de 2012 foi o maior em três anos, mostra indicador divulgado hoje pela empresa de informações econômicas Serasa Experian. Inadimplência sobe 18% em 12 meses, aponta Serasa
Ontem a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou microbalanço. O consumo mostra redução de 3,1% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Cenário ecônomico exige cautela do consumidor ao assumir dívidas financeiras; ouça
A retração da produção industrial foi ainda mais drástica: 4,2%; e o sumiço do consumidor, alarmante: Serasa: procura do consumidor por crédito cai 7,6% de janeiro a abril  Demanda recuou em todas as faixas pesquisadas, especialmente entre consumidores com maior renda Pedidos de empréstimo atingem o menor nível dos últimos quatro anos Postos de trabalho se reduzem drasticamente: Emprego na indústria de SP tem pior nível para abril em 6 anos Os piores índices estão reservados aos formadores do PIB 
Na esperança de lograr pelo menos mais uma década incólume, para completar a insanidade, ou tentando repará-la, a equipe keynesiana entende recrusceder ainda mais a prática do '30, inchando o funcionalismo público e atirando dinheiro ao mercado interno através dos canais associados - os patrocinadores de campanha.
A percepção de que a queda dos juros é questão de vida ou morte para o governo e que o controle da inflação não está com a bola toda vale dinheiro (e muito) no mercado futuro de juros. E para o Banco Central (BC) pode custar credibilidade. Nesse sentido, não passou despercebido, na semana passada, o recado dado por Alexandre Tombini. Ao comentar que os índices de inflação de março e de abril surpreenderam o BC, o presidente da instituição revelou sua preocupação com os preços. A instabilidade apresentada pelo IPCA, que tombou em março e disparou em abril, reforça a necessidade de uma gestão de política monetária calibrada com cautela.  Casa das Caldeiras
O "calibrador" tenciona enganar, solenemente. O governo federal se  impõe sem nenhuma crítica,  ou restrição, não precisando pensar, nem raciocinar ou fazer contas, tampouco  dialogar - basta mandar. Dilma abre R$ 1,5 bilhão no Orçamento para programa Brasil Carinhoso Cautela é o que menos tem vindo ao caso: .Governo negocia emenda em MP para facilitar licitações do PAC
Governo vai gastar mais R$ 1,5 bilhão para dar aumento aos servidores
De acordo com Mises,
é preciso enfatizar o fato óbvio de que um governo somente pode gastar ou investir aquilo que tira dos cidadãos, e que os gastos e investimentos adicionais diminuem, na mesma medida, os gastos e os investimentos que seriam feitos pelos cidadãos. Disso, podemos concluir que, sendo o governo um ente que não gera riquezas, ele consequentemente não pode fazer a economia crescer em termos reais. Contrariamente à crença popular, quanto mais o governo gastar, pior será para a saúde da economia e, por conseguinte, para o crescimento econômico.
O que agora excita... é o efeito, considerado desastroso, das políticas keynesianas adotadas pelos Estados econômica e politicamente mais avançados, especialmente sob o impulso dos partidos social-democráticos ou trabalhistas. Nestes últimos anos lemos não sei quantas páginas sempre mais polêmicas e sempre mais documentadas sobre a crise deste Estado capitalista mascarado que é o Estado do bem-estar, sobre a hipócrita integração que levou o movimento operário à grande máquina do Estado das multinacionais. Agora estamos tendo outras tantas páginas não menos doutas e documentadas sobre a crise deste Estado socialista igualmente mascarado que, com o pretexto de realizar a justiça social (que Hayek declarou não saber exatamente o que seja), está destruindo a liberdade individual e reduzindo o indivíduo a um infante guiado do berço à tumba pela mão de um tutor tão solícito quanto sufocante  BOBBIO, Norberto, O Futuro da Democracia: 132
A burla tomou conta do salão, mas a luz do Sol é implacável. No raiar do dia os contadores do governo lançam mão de mais sacos de bondades, desta feita finalmente ao setor produtivo. Nada disso seria necessário se a economia brasileira fluússe pelo modo da criação do Real. E baixam SELIC, pressionam bancos, tentam estimular crédito direto e manter o consumo aquecido, aumentam ainda mais seus gastos diretos, cortam IPIs da linha branca. Nossos timoneiros deveriam cortar o IPI também sobre produtos da linha  preta  - afinal desde o berço a aventura se destina ao além. Fiesp: é quase impossível evitar que a indústria encolha este ano
No passado, nosso Banco Central era bem mais conservador. Preferia ficar na defensiva. Durante o governo Lula, errou na mão ao subir os juros quando deveria ter reduzido as taxas. Não conseguiu antever o que vinha pela frente ou, então, viu mas preferiu seguir a cartilha do conservadorismo. BC sob ataque

Colheita do futuro Produção brasileira terá de aumentar 40% na década, mais que o dobro das projeções para a Austrália

Para cobrir a imensidão e urgência dos compromissos, e não menor grau de corrupção, aos keynesianos resta emitir dinheiro sem lastro mesmo, pelo menos para segurar a gente até nossa morte. O governo, no entanto, que até agora se gabou de realizar picks-nicks na beira do penhasco, naturalmente é o primeiro a sucumbir, tal qual aqueles de '30. Cadeia nacional para a mãe do PAC, por Guilherme Fiúza
Multidões brasileiras levavam a alegria a diversos pontos internacionais, e mais do que isso, davam ao mundo a impressão de um fenomenal desempenho de sua economia. Tirante os chineses, que viajam em grandes grupos, porém à cata de novidades comerciais, não de espelhinhos, nunca  se viu tanto turista com poder aquisitivo.
O Brasil novamente chamará a atenção do globo, desta feita dando claras mostras de seu caráter bipolar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário