quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Baleias & terremotos


Na Oceania. centena de baleias deu com os burros n'água
Pesquisadores tentam descobrir o que causa o suicídio coletivo.
Mais de 100 baleias morreram encalhadas em uma praia isolada da ilha Sul da Nova Zelândia, anunciou um funcionário do ministério de Proteção do Meio Ambiente. As baleias, 107 no total, foram encontradas em uma praia de Stewart Island, ao sul da ilha Sul da Nova Zelândia. Várias baleias já estavam mortas e 48 foram sacrificadas pela impossibilidade de levá-las de volta ao mar. (21/02/2011)
Por que as baleias encalham nas praias?
Notícias sobre baleias encalhadas são publicadas com certa freqüência. Mas por que elas encalham nas praias? Existem vários fatores que fazem as baleias encalharem. Problemas auditivos, neurológicos, doença, atropelamento de uma embarcação, prisão em uma rede de pesca são alguns deles. As baleias que encalham por problemas auditivos são aquelas que são atingidas por uma espécie de parasita que atrapalha a audição desses cetáceos. Eles geram um tipo de distúrbio no sistema labirinto dos animais, que acabam por perder a orientação encontrando as margens. (http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/fevereiro/107-baleias-morrem-encalhadas-no-litoral-da-nova)
Apenas 24 seguem vivos, segundo disse a porta-voz do departamento de Conservação da Nova Zelândia, Carolyn Smith, à agência de notícias australiana AAP. Os cetáceos, que receberam desde quarta-feira os cuidados dos voluntários, ficaram presos na praia remota de Spirits Bay, onde outras 101 baleias-piloto morreram em 2007.
Os cientistas não sabem explicar a razão que leva algumas espécies de baleias a morrer encalhadas nas praias, e especulam a possibilidade de elas serem atraídas pelos sons de grandes navios ou seguirem líderes de grupo desorientados por conta de doenças. “Antigamente, quando não se sabia que havia esse líder, dizia-se que a baleia ‘cometia suicídio’ – o animal era levado ao alto mar e acabava voltando à praia. Hoje se sabe que elas voltam chamadas por ele,” E é difícil descobrir qual baleia lidera o grupo e o que está errado com ela.
Uma hipótese controversa tenta explicar a freqüência de encalhes em lugares como a Nova Zelândia. Ela diz que os cetáceos se orientam pelo campo magnético terrestre, e onde suas linhas convergem e sofrem distorções, as baleias se confundem mais facilmente. As praias neozelandesas seriam um destes lugares. 
Com todo o respeito, tenho a impressão de que esses cientistas é que estão desorientados.  Os mais antigos, então, beiravam a sandice. Tencionar ler a mente das baleias é tão bizarro quanto dispor a metafísica deísta, ainda mais usando como parâmetro o modo como agem os líderes da humanidade, em geral psicopatas. Suicídio em massa das baleias parece-me uma hipótese tão estapafúrdia quanto supor que elas tivessem conhecimento da solução socrática.


A ciência, por outras palavras, é um sistema de relações. Portanto, só nas relações se deve procurar a objectividade: seria inútil procurá-las nos seres considerados isoladamente uns dos outros.  POINCARÉ, H. cit. ABBAGNANO: 100 
Trago-lhes coincidências, que podem ou não serem responsáveis, mas muito  provavelmente constituem a causa dessas baleias abandonarem às pressas seu habitat . OS ANIMAIS PODEM PREVER TERREMOTOS  Antes do encalhe coletivo aconteceu o forte tremor geológico:
Um terremoto de 6,3 graus de intensidade na escala Richter atingiu a Nova Zelândia nesta terça-feira (22), ainda noite de segunda-feira (21) em Brasília.  O tremor ocorreu a 6,7 km de profundidade, às 13h04 locais (21h04 em Brasília), segundo o USGS (serviço geológico americano), e que o epicentro foi a 10 km da cidade de Christchurch - já atingida por um forte tremor de 7 graus em setembro do ano passado. A cidade é a segunda maior do país. O órgão registrou, ainda, réplicas de 5,5 graus de intensidade na escala Richter, com profundidade de 5 km
Mas seria assim, desta feita, o encalhe apenas coincidente com o terremoto? Afinal, no Brasil encalham muitas baleias e por aqui não existe o fenômeno geológico. Bem, verifiquemos as condições e o histórico neozelandês. A Nova Zelândia é atravessada por uma falha geológica que marca o encontro subterrâneo da placa do Pacífico e da placa da Austrália. O choque de ambas produz cerca de 14.000 tremores ao ano, entre os quais apenas 10% são perceptíveis aos humanos, segundo o Instituto de Ciências Geológica e Nuclear, mas por certo uma percentagem maior às baleias. Quem sabe se nas costas brasileiras também haja tremores imperceptíveis? No Ceará, precisamente em Sobral, os sismógrafos assinalam alguma freqüência. 
Em agosto de 2010, apenas nove baleias em um grupo de 58 foram resgatadas de outra praia da Nova Zelândia, onde, em dezembro, morreram 126 animais que também ficaram encalhados.
Será que nestas duas ocasiões também houve terremotos? Bingo!
Wellington - Um terremoto de magnitude de 7 graus atingiu Christchurch, a segunda maior cidade da Nova Zelândia, na manhã de sábado (pelo horário local), causando destruição, segundo o Centro de Geologia dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês). A magnitude do abalo foi revisada para baixo duas vezes pelo USGS. Inicialmente, ela fora estimada em 7,4 e depois em 7,2.  3/09/2010
WELLINGTON, Nova Zelândia, 26 dez 2010 (AFP) -Uma série de réplicas de forte intensidade resultantes do terremoto da véspera na região atingiu a cidade neozelandesa de Christchurch neste domingo, cortando o fornecimento de eletricidade, danificando prédios e forçando a várias evacuações.
Mais algum registro? Verifiquemos se houve abalo sísmico anterior, "por volta da remota praia de Spirits Bay, onde outras 101 baleias-piloto morreram em 2007".
O Instituto de Ciências Geológica e Nuclear da Nova Zelândia informou que o maremoto ocorreu às 16h23 (2h23 de Brasília) e que seu epicentro foi localizado a 12 quilômetros de profundidade. O diretor do Ministério de Defesa Civil e Gestão de Emergências da Nova Zelândia, John Hamilton, disse à imprensa que o país não corre riscos e que houve pessoas no exterior fizeram alguma confusão “entre as Ilhas Auckland e a cidade de Auckland”.“O terremoto ocorreu 475 quilômetros ao sul da Nova Zelândia e não causou danos” ao país, disse Hamilton à rádio neozelandesa. (1/10/2007)
Outra coincidência?
No final de 2009, os 126 animais encalhados em outra praia morreram asfixiados.
Os cientistas não sabem explicar a razão que leva algumas espécies de baleias a morrer encalhadas nas praias, e especulam a possibilidade de elas serem atraídas pelos sons de grandes navios ou seguirem líderes de grupo desorientados por conta de doenças.
Um forte terremoto na Nova Zelândia provocou uma deformação em uma das ilhas do país que a aproximou da Austrália em 35 centímetros, segundo um centro de pesquisas do governo neozelandês.O centro GEO Science registrou um terremoto de 7,8 graus no sudoeste da Nova Zelândia – o mais forte em 80 anos no país. Os cientistas neozelandeses afirmam que foi o tremor de terra mais forte do mundo neste ano, até o momento.
 Então é isso. Si non é vero, non é bene trovato?.
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Um comentário:

  1. Já estão abertas as inscrições para participar da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada de 10 a 15 de julho, na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia (GO).

    O evento, que acontece anualmente, é considerado o maior encontro científico do país, sendo aberto ao público e voltado principalmente para estudantes, pesquisadores, técnicos, gestores públicos e privados, entre outros profissionais.

    A estimativa é que 10 mil pessoas participem do evento deste ano.

    Serão realizadas centenas de atividades, incluindo conferências, simpósios e mesas-redondas, com a participação de cientistas renomados de todas as regiões do País.

    O objetivo dessas atividades será discutir políticas públicas de educação, ciência, tecnologia, meio ambiente e saúde, além de mostrar os avanços da ciência nas mais diversas áreas do conhecimento.

    O evento contará ainda com três programações paralelas: a SBPC Jovem, voltada para estudantes do ensino básico e técnico; a ExpoT&C, exposição de ciência e tecnologia; e a SBPC Cultural, mostra da cultura regional.

    O evento é aberto ao público, que pode participar gratuitamente e sem inscrição prévia da maioria das atividades.

    A inscrição é necessária apenas para aqueles que pretendem apresentar trabalhos científicos, que queiram participar de um dos minicursos ou receber a programação impressa.
    Mais informações podem ser obtidas no site http://www.sbpcnet.org.br/goiania

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